Analice - Um encontro de histórias (Capítulo sete)

Orei muito a Deus durante toda a semana, não queria afastar o Matheus de mim e nem queria me sentir angustiada por ter medo de tentar.

O sábado chegou e logo pela manhã eu me encontrei com a Mag ela foi ficar na minha casa, o Rick resolveu vim e o irmão dele também, mas ficaram na casa dos avós no centro da cidade.

O papai deixou a Maju ir encontrar o Alan, pois ele conhecia o Rick e amava o rapaz além do mais a tia Talita falou muito bem do Alan para ele.

A Maju estava super nervosa pelo primeiro encontro, não parava de falar um minuto sequer até o Leo que é super calmo perdeu a paciência com ela.

-Cala boca Maju! Desse jeito o menino vai embora quando você abri a boca para começar falar.

-Isso é inveja Leo?

-Inveja eu? Me poupe Maria Júlia.

Para o Léo chamar qualquer uma de nós pelo nome completo ele tinha que está muito estressado como ele estava naquele momento.

-Maju, não fala assim com o Léo ele está brincando com você, pois você está muito nervosa e mais falante do que nunca.

-Desculpa Léo, estou nervosa mesmo.

-Você não precisa se preocupar, pois você é linda, super inteligente, divertida se ele não gostar de você o problema está nele e não em você.

-Tem irmão mais fofo do que o meu? –Ela falou o abraçando.

-O nosso sua Maju.-Falei me jogando na cama em cima deles dois.

***

-Vamos Léo vai ser divertido.

-Não vou pagar de vela para vocês.

-Nós não vamos sair em casais e sim como amigos.

-Promete que não vai ficar me agarrando no meio de todo mundo?

-Prometo.

-Espera que eu vou trocar de roupas.

Eu vesti um vestido com estampa de corujinha era de magas curtas e na altura dos joelhos, 

coloquei um cinto rosa e uma sapatinha preta, soltei o cabelo e fiz uma maquiagem simples. A Maju escolheu um macacão jeans comprido, com blusa de mangas três quartos rosa bebê, colocou sapatilhas rosa e soltou os longos cabelos, ela não gostava de maquiagem então só estava usando batom.

O Léo não demorou, voltou vestindo uma camisa gola polo verde-água, calça jeans escura e sapa tênis,estava muito lindo parecia uma cópia viva do meu pai.

-Vamos?

-Vamos! –Eles responderam.

-papai! Mamãe! estamos indo! –Gritei para eles que estavam na cozinha.

-vão com Deus! –Devolveram o grito, mas vieram correndo para nos abraçar e beijar como de costume.

Fomos andando, nossa casa não ficava muito distante da pizzaria que marcamos de nos encontrar. Assim que chegamos apenas o Matheus tinha chegado, além do Caio e da Nara namorada dele.

Havia conhecido ela alguns dias antes, ela era uma moça muito bonita, super magra e 

muito alta, assim como o Caio muito extrovertida e carinhosa.

Não demorou muito a Kathy, o Paulo e a Leila chegaram. Fiquei contente da Leila ter vindo ela era uma menina muito inteligênte, temente a Deus além de ser linda eu já sabia do interesse do Leo por ela, eles mereciam momentos juntos para se conhecer.

Enquanto conversavamos e riamos muito das histórias loucas da Kathy e do Paulo a Mag, o Rick e o Alan chegaram, por falar nele o garoto era muito bonito pele broseada cabelos escuros e lisos sobre a testa, olhos castanho claros e cilhos enormes.

Olhei para a Maju e vi o quanto ela estava nervosa mordia os lábios e mexia o cabelo tentando desfarçar e por incrível que pareça ela foi a primeira pessoa com quem ele falou.

-Você é famosa Maju de quem ouvi falar? –Ele falou beijando a  mão direita dela.

Ela ficou mais vermelha do que tomate maduro, as bochechas rosaram imediatamente e os olhos brilhavam.

-Famosa não sei, mas eu sou a Maju sim, na verdade Maria Júlia.

Eles trocaram olhares a noite inteira assim como eu e o Matheus quando nos conhecemos.

Decidimos depois de sair da pizzaria ir para praça que ficava no centro da cidade, queria que a Maju e o Alan se conhecessem direito e o Leo e a Leila também. Além do mais eu queria conversar a sois com o Matheus.

-Olha só seu Alan eu estou de olho em vocês, eu tenho que ir ali com o Matheus, mas estou atenta a vocês dois. Cuida bem da minha irmã tá?

-Tudo bem Analice, eu vou cuidar muito bem dela.

-Para Lice, eu não sou uma criança!

-Eu sei que não é, só estou cumprindo meu dever de irmã mais velha.

Depois de falar com a Maju fui falar com o Leo.

-Meu Leo eu vou estar conversando com o Matheus aqui do lado, qualquer coisa me chame fique de olho na Maju está conversando com o Alan.

-Tudo bem, se você demorar eu levo ela para casa.

-Não vou demorar só vamos conversar, foi um prazer te rever Leila você é uma moça maravilhosa aproveite a compainha do meu irmão ele é um rapaz maravilhoso também.

-Obrigada Analice, estou começando a achar que sim. –Falou enquanto olhava para o Leo.

Eu encontrei o Matheus que estava me esperando em frente a sorveteria.

-Vamos?

-Vamos para onde?

-Preciso te dizer algo que está me incomodando bastante.

Ele me deu a mão e nós caminhamos e nos sentamos de frente para o rio um pouco distante da praça.

-Faz quase dois meses que estamos juntos e durante todos os dias eu pedia para que Deus me confirmasse se era realmente você, fiz várias provas com Ele e em todas a resposta eram sim, conversei com todas as pessoas que considero importantes na minha vida e todos me disseram que eu deveria ficar com você, mas eu não queria ficar com você por pressão das outras pessoas, não queria continuar.

-Não estou te entendendo.

-O que eu quero te dizer é que eu gosto de você de verdade, não porque as pessoas me pedem isso, não porque os meus pais são apaixonados por você, mas porque eu sou apaixonada por você e não vou ficar mais adiando aquilo que já deveria ser feito antes. –Falei com lágrimas escorrendo pelas bochechas.

-Eu te amo Analice!

-Eu também te amo Matheus. –Falei encostando minha testa na dele.

Fechei os olhos e não pude evitar que as lágrima continuassem a jorrar pelos meus olhos, ele me puxou para mais perto e com uma das mãos na minha nuca e outra no meu rosto ele me beijou.

O abraçei pela cintura e recostei minha cabeça no peito dele, ele me segurou pela cintura me trouxe para perto. Nada seria capaz de medir a paz que inundava meu coração naquele momento, lágrimas escorreram pelo meu rosto e eu agradeci a Deus em mente por tudo que Ele estava fazendo na minha vida.

Agora sentia a paz que a mamãe me disse que eu sentiria quando soubesse que era ele, não é que ela estava certa, era uma paz que nunca senti antes era como se Deus consentisse tudo isso, e Ele consentia mesmo, eu tinha certeza de que Ele nos olhava do seu trono e balançava a cabeça aprovando a nossa união.

-Ei! o que foi? –Ele falou depois que viu que eu chorava.

-Não foi nada.

-Nada causa lágrimas agora?

-Bobo! –Falei sorrindo. –Só estava agradecendo a Deus por você, por nós dois.

-Eu também, senti como se Ele estivesse no céu festejando por nós, por nos entendermos de verdade agora.

-Eu senti a mesma coisa.

-porque tanto tempo?

-Tanto tempo para te beijar?

-Sim, eu estava fazendo algo de errado?

-Não. Eu só queria ter certeza de que era você, pois eu sempre sonhei em namorar, noivar e casar com uma única pessoa.

-E isso quer dizer que o seu primeiro beijo seria destinado a essa pessoa?

-Sim, tive dezenas de oportunidades de beijar alguém, vários pedidos de rapazes que queriam ficar comigo, mas eu sempre tive essa certeza no meu coração de que o dono do meu primeiro beijo seria o meu esposo. Que esse home não ia querer apenas uns minutos comigo, mas iria me querer por toda vida.

-Meu Deus! que honra a minha. –Falou com os olhos brilhando.

- Quando você pediu para namorar comigo eu aceitei  por Deus, pelos meus pais que te aprovaram desde o início, depois pelos meus irmãos e amigos e por último por mim, porque não gostava tanto de você por isso eu não podia te beijar sem ter toda certeza que precisava para saber que você era o único homem da minha vida.

-E o que te fez ter toda certeza que precisava saber?

-Quando você foi lá em casa depois que eu torci o pé, e pediu minhas mão e cruzou elas nas suas, Deus me disse no meu coração: “Eu os uni”, depois você foi comigo me ajudar na aula com as crianças e eu fiquei observando o quanto você tem jeito com elas, tem paciência, amor e carinho eu tive certeza de que você será um ótimo pai e um bom marido de professora,  quando nós saímos da igreja e sentamos aqui no rio e eu senti muito frio e tinha esquecido meu casaco em casa você me emprestou o seu e ficou tremendo de frio, quando foi me buscar em casa para irmos na casa dos seus pais eu vi você atravessando uma senhorinha na faixa de pedestres com muita atenção e carinho, eu observei que você sempre puxa a porta do carro para eu entrar, sempre me ajuda a fechar o capacete quando estamos de moto, sempre puxa a cadeira para eu sentar quando vamos a um restaurante ou quando estamos na sua casa, eu observei como você trata tão bem a sua família e principalmente a sua mãe mesmo quando não estou por perto, eu observei que nunca deixou de assumir suas responsabilidades na igreja por causa de mim, eu observei tantas coisas e conclui que você tem até mais do que o que eu pedi a Deus.

-Isso quer dizer que eu tenho uma namorada muito observadora, que deve está aprendendo com a minha mãe algumas técnicas de psicologia.

-Quer dizer que eu tenho um namorado lindo, cheio de sardas que dá vontade de contar cada uma delas.

Ele sorriu e olhou fixamente nos meus olhos, como se me agradecesse por ter o escolhido.

- Eu amo você Analice, sabe eu não sou tão detalhista e observador quanto você, mas eu orei muito antes de fazer tudo que fiz para você, antes de te dar qualquer presente, antes de te levar para passear, antes de te beijar orei para que Deus lhe mostrasse se realmente deveria fazer isso agora, não queria que se arrependesse e nem queria te magoar com a minha pressa.

-Então quer dizer que você estava apressado?

-Digamos que sim, mas se você quisesse esperar até o casamento eu te esperaria.

-Desculpa por ter demorado, eu precisava desse tempo.

-Eu desculpo se você me der outro beijo.

Eu o beijei.