domingo, 11 de junho de 2017

Um propósito - Capítulo Um

            

Oiiie Amores e Amoras, tudo bem? Espero que sim. Venho com o primeiro capítulo dessa história linda que como eu disse anteriormente está sendo construída e por isso quero contar com os comentários e sugestões de vocês. Beijoca e  boa leitura! 

***

-Alô?

-É a yuli?

-Sim, sou eu. Quem gostaria?

-Sou a namorada do Erick.

-Você  o quê? –perguntou com aperto no coração.

-Sou namorada dele e queria só saber quem era essa Yuli da lista de contatos dele.

-Ah você queria saber que sou eu? –Yuli perguntou sarcástica rindo de nervoso daquela situação.

-Sim, e então? 

-Eu sou a namorada do Erick a exatos 1 ano, sete meses e 19 dias. 

-Namorada? –A outra perguntou.

-Sim, eu era até hoje. –falou séria tentando controlar o choro que queria embargar sua voz. – Não se preocupe que ele a partir de agora é todo seu, como é mesmo seu nome?

-Rafaela. 

-Então Rafaela faça bom proveito, tchau! –desligou o telefone antes mesmo de receber uma resposta.

Yuli respirou fundo pegou o celular e mandou uma mensagem para Erick.

-Preciso falar com você e tem que ser pessoalmente e ainda hoje.

-oi amor, estou indo para ai depois do almoço. Aconteceu alguma coisa?

Ela não respondeu, pois sabia que seu autocontrole não era algo a ser posto a prova, sabia que se respondesse o xingaria de todos os nomes possíveis. Yuli terminou de fazer o almoço e colocou para Isa que já estava arrumada para ir á escola.

-Isa não era para vestir a farda agora. –Yuli repreendeu  a irmã que sempre derrubava comida na roupa.

-Desculpa! –Isa respondeu, ela tinha ficado mais fechada depois da morte dos pais.

-tudo bem, deixa eu tirar só a blusa para você não sujar depois do almoço eu coloco de novo.

Depois de almoçar junto com a irmã, Yuli a levou para o colégio que ficava na esquina do condomínio em que moravam. Quando voltou encontrou Erick na porta do apartamento com a mochila nas costas e dois livros na mão.

 Ele era um homem muito bonito, Yuli costuma pensar como era possível ser tão bonito como ele era. Erick era três anos mais velho que ela, era extremamente forte com os músculos bem definidos, pele bronzeada, olhos verdes e um sorriso encantador. Eles se conheceram numa festa da empresa dos pais dela, Erick na época era estagiário do lugar e não perdeu tempo para se aproximar da loira de olhos mais azuis que ele já tinha visto na vida.

Yuli sempre introvertida, naquela festa estava sentada no canto em uma das últimas mesas junto de sua amiga Maju que não parava de falar do moreno de olhos verdes que não tirava os olhos dela.

-È obvio que ele não está me olhando Maria Julia! 

-Não seja tão tola, ele não tira os olhos de você desde que chegou. Vamos lá?

-O quê? 

-Vamos pegar um coquetel 

-Mas nós não podemos beber Maju.

-você é a filha do dono, pode sim. –Maju puxou a amiga para o bar que ficava do lado da mesa em que o rapaz estava.

Yuli se sentou no banco do bar e pediu um drinque qualquer que tinha no cardápio do local ela nunca tinha bebido nada que com álcool, mas já que estava ali resolveu arriscar. 

-Li eu vou ali. –Maria Julia falou sorrindo apontando com a cabeça para Benjamim um paquera dela que tinha acabado de chegar.

 Yuli resolveu tomar um pouco do drinque e sentiu o gosto amargo da bebida descer garganta a baixo, ela não queria ter ido aquela festa, não queria estar sentada naquele bar e muito menos abandona pela amiga naquele local.

-Você é muito nova para beber algo tão forte! –O rapaz chegou por trás tomando a taça de sua mão e colocando no balcão .

-Boa noite, dois refrigerantes, por favor! –Falou para o garçom que sorriu com a atitude do rapaz e imediatamente colocou duas latinhas em cima do balcão.

-Quem você pensa que é para tomar minha bebida da minha mão? 

O rapaz ficou encantado pela voz da jovem a sua frente, Yuli parecia  uma boneca viva, mas trazia na voz uma força e segurança que ele nunca tinha visto em uma menina daquela idade.

-Eu sou Erick! Desculpe pela minha falta de educação, eu só achei que você...

-Você não deveria achar nada! –Falou séria sendo encarada por um par de olhos verdes com um tanto de admiração por ela.

-Vamos começar de novo. Eu me chamo Erick Lopes e trabalho aqui nessa empresa como estagiário de publicidade e propaganda. E a bela moça como se chama?. –ele falou ignorando completamente o mal humor da moça.

-Yuli Miguez, prazer! –falou estendo a mão para o rapaz que segurou com delicadeza  rindo do ato da moça.

Yuli não sabia, mas daquele dia em diante ela e Erick não deixariam mais de se falar. Os dois saíram daquela festa de números trocados e no dia seguinte Erick ligou para ela e marcaram um encontro para mesma  semana e desse dia em diante os dois não se largaram mais até aquele momento. 

Yuli encarava Erick escorado na porta do apartamento de sua casa e não sabia bem o que fazer ou em quem acreditar e então decidiu jogar com ele.

-Oi amor! –Ele falou assim que ela se aproximou e a beijou e ela correspondeu ao beijo deixando toda sua raiva escondida dentro do peito.

Eles entraram e enquanto Erick jogava suas coisas em cima do sofá ela o encarava pedindo internamente que ele não tivesse traído ela, pois ela não suportaria mais uma perda.

-Aconteceu alguma coisa amor? –Ele perguntou notando o desconforto dela.

-Quem é Rafaela? –perguntou esperando profundamente que ele fosse sincero.

-Por que quer saber isso?

-Quem é Rafaela? –ela perguntou novamente um tanto quanto irritada e diante do silêncio dele voltou a falar.  –Eu não sabia que você tinha uma  namorada, que você tinha outra namorada que não EU! –Falou levantando a voz algo que muito poucas vezes ele tinha visto ela fazer.

-Quem te disse isso? –Perguntou sério encarando um par de olhos azuis enfurecidos.

-Ela me ligou, queria saber de quem era o numero da "outra" que estava no celular do namorado dela! –Yuli falava tentando conter toda raiva que sentia.

-Eu não sei do que está falando.

-Não mente para mim Erick! É melhor você falar a verdade. –falou.

-Ela é só uma amiga.

-Uma miga que não sabe quem eu sou e que ainda se diz sua namorada? –Perguntou irônica. 

-O que você quer que eu diga? –Ele perguntou tão irônico quanto ela.

-A verdade! –Ela gritou.

-Eu te trai! –ele falou sério e com certo remorso no coração enquanto ela sentia o seu se partir em mil pedacinhos. –Eu fiquei com a Rafa algumas vezes, mas nós não somos namorados. 

-Eu não acredito! Não acredito... –Ela repetia baixinho para ela mesma enquanto tentava não explodir. –Quanto tempo tem isso Erick? –perguntou respirando fundo.

-Dois meses.

-Eu não acredito! Como eu sou idiota! Muito idiota! 

-Eu estava querendo um pouco mais de atenção e você não estava disposta e então um dia eu sai e conheci a Rafa numa balada e então...

-Não quero saber! 

-Eu ia te contar, mas aconteceu outras vezes e você não me dava mais atenção...

-Cala boca! –Ela gritou. –Tem três meses que meus pais se foram, eu estava tentando ser presente, te dar atenção ser a namorada que eu sempre fui, mas eu estou perdida Erick! Completamente perdida. –Ela falou controlando o choro que queria sair. –Eu não fazia ideia do que era cuidar de uma casa, fazer compras, pagar contas, cuidar de uma criança se você não percebeu a Isa é como se fosse minha filha, eu sou tudo que ela tem. 

-Eu sei, mas é como se você estivesse me afastando de você. 

-Meu pais eram tudo para mim  não fazia sentido para mim ser feliz sem eles, entende? –ela questionou o rapaz que apenas a fitava indiferente. –Você me fazia feliz, me fazia sorrir e eu não queria admitir que eu poderia continuar vivendo sem eles. –Ela falou limpando uma lágrima que contrariando sua vontade escorreu pelo canto do olho.

-Eu estava cansado, carente e...

-Não diz mais nada não,por favor! –Ela pediu baixinho. –Acabou não é? Vai embora! –falou 

-Mas Yuli eu quero me explicar.

-Nada explica uma traição e essa não foi a primeira não é? –questionou não querendo receber aquela resposta.

-Não! 

-Sai agora da minha casa! –Ela gritou.

Sem questionar conhecendo bem a garota ele pegou suas coisas e foi embora. Ela respirou fundo enquanto fechava a porta e não deixou uma lágrima sequer cair do seu rosto diante dele, mas quanto a porta se fechou e o nó da garganta doeu de uma forma absurda ela recebeu uma ligação. 

-Oi tio! 

-A helena perguntou se você deixa a Isadora vir para cá depois da escola, porque a Carol resolveu fazer uma festa de pijama. –Ele falou sorrindo. 

O tio César era toda família que ela tinha depois da Isadora, sua esposa Helena era um amor de pessoa e procurava ajudar as meninas em tudo que precisavam e Carol era uma garotinha fofa da mesma idade da Isadora.

-Claro tio!
 -Helena disse que tem roupa dela aqui e o pijama ela pode usar da Carol.

-tudo bem então.

-Beijos sobrinha!

-Beijo tio, manda beijo para as meninas.

-Tá bom! 

Assim que desligou o celular Yuli não conseguiu conter as lágrimas e chorou como um bebê, se sentia sozinha no mundo com uma dor insuportável no peito que nunca imaginou poder sentir.  Sua vida era uma tempestade, um caos, uma desordem ela sentia como se tudo dentro de si estivesse morto, morta era exatamente como se ela se sentia diante de tudo que tinha lhe acontecido.


A moça chorava de dentro de sua alma e o choro era tão alto que dava para ouvir do lado de fora, ela não se importava só queria que de alguma forma aquela dor passasse ou ao menos diminuísse, mas quanto mais as lágrimas escorriam por seu rosto, mas ela se conformava que teria que conviver com aquela dor.

2 comentários:

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