sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Vencendo com amor - Capítulo sete


Olhei em volta e percebi  a quantidade de pessoas que estava ali o que nos  fazia um casal no meio da multidão e não “sozinhos”.

-Digamos que não tão sozinhos. –Falei rindo.

-Espero que goste foi minha mãe que escolheu depois que nos despedimos lá no shopping. 

–Ele falou me entregando uma embalagem pequena que parecia uma caixinha de dentro do bolso.

-Obrigada! –Falei enquanto abria a embalagem.

“Meu Deus! Que lindo!” - Quase explodi em  mente.

-Que lindo! Obrigada William! –Falei e inesperadamente o abracei.

Meu Deus! que cheiro maravilhoso! Ele tinha o corpo quente e forte que me fazia minúscula. Ele me abraçou segurando minha cintura.

-Sua mãe acertou no presente. –Falei me afastando do abraço tentando disfarçar que o que eu mais queria era continuar ali.

Era uma gargantilha linda com um pingente de câmera fotográfica que era muito fofo e meigo.

-Ela disse que você é uma moça muito bonita que amaria ter você como nora.
Lancei um olhar sério para ele, fiquei me perguntando o quanto daquela frase era verdade e o quanto era apenas mentiras para me conquistar.

-Tá, desculpa! Apenas amigos eu entendi! –Falou se desculpando.

Como esconder que estava completamente apaixonada por aquele homem lindo e irritante? Como dizer para o meu coração que a minha razão dizia que aquilo não daria certo? Queria ser aquele tipo de pessoa que enfrenta as coisas de frente e que se joga de cabeça sem pensar nas consequências talvez assim não sofresse tanto com a dor de não saber o que fazer e o medo de me decepcionar.

Não queria ter o meu coração partido, quebrado como um vaso de vidro arremessado com força ao chão, apenas cacos jogados. Não queria me entregar a alguém que me tivesse apenas como opção eu queria ser prioridade, escolha de alguém.
E por mais que eu fosse completamente apaixonada pelo o William a minha razão me dizia que ele ainda me feriria muito e embora quisesse acreditar ser apenas uma mentira que minha mente criou para fugir desse relacionamento eu sabia lá no fundo que não seria fácil caso eu decidisse lutar por nós dois.

-Nah vem aqui, por favor. –A Sophia ligou para recepção e eu fui até sua sala.

-Aconteceu alguma coisa?

-Não! Só queria te convidar para ir jantar lá em casa hoje.

-Eu? –perguntei surpresa.

-Sim! Você é minha amiga e meus pais te adoram, nem vou falar do meu irmão.

Eu ri.

-tudo bem, você vai me buscar?

-Sim.

Fui para casa e arrumei as coisas para faculdade, tomei um banho quente e escolhi uma 
roupa para ir a casa da Sophia. Escolhi uma saia rodada com estampa floral, uma blusa cor de creme e um casaquinho da mesma cor, sapatilha preta e o cabelo deixei solto, não passei maquiagem.

-Onde vai assim?  -Meu pai perguntou.

-vou jantar na casa da Soph.

-Vai jantar na casa do William? –A Raka falou vindo da cozinha.

-Não enche tá? Ele nem deve tá em casa. –respondi.

A Sophia não veio me buscar, mandou o  motorista da família.  Cheguei lá no horário marcado. Algo me dizia que esse jantar não ia ser legal e para varia eu estava certa.
Assim que entrei no apartamento me bato de frente com o William ele estava sem camisa sentado no sofá da sala, seu corpo era forte e sarado, mas sem dúvidas era o seu sorriso que me fazia suspirar.

-Desculpa! –Falou pegando a camisa e vestindo assim que me viu na sala.

Fiquei parada na porta da casa esperando a Sophia ou os pais dele chegarem.

-senta aqui. –falou batendo a mão no espaço vazio no sofá que estava sentado.
Eu me sentei, mas estava desconfortável com a situação, eu não queria ser apenas amiga dele, não queria ser apenas funcionaria, queria que ele me visse como alguém importante e não como apenas um copo.

A Campânia da porta tocou e como a moça que trabalhava lá estava na cozinha ele abriu a porta. Um mulher que parecia ser mais velha do que eu , com um corpo escultural cabelos curtos e pretos estilo mulher fatal entrou na sala e sem dizem uma só palavra deu um beijo devorador no William que parecia ter esquecido da minha presença ali na sala.

Meus olhos encheram d’água na mesma hora, meu coração acelerou e uma vontade louca de tirar ela dele me invadiu, eu nunca senti ciúmes como tive naquele momento.
Ele não era nada meu? Sim, eu sabia e respondia o tempo todo para não esquecer, mas o meu coração doía de imaginar tudo que havia pensado para nós dois se transformar em apenas um nada.

Ele a afastou do beijo e seu olhar demonstrava uma enorme surpresa pelo que tinha acontecido.

-Hanna?

-Surpreso em me ver Will? –Respondeu com uma voz no mínimo sensual.

-O que você está fazendo aqui, não estava em Londres? E porque me beijou assim?

-Eu voltei e quero você de novo.

-Eu não! –Respondeu firme e de alguma forma essa resposta confortou meu coração.

-Quem é a moça? Sua nova ficante? –falou com desdém.

-Não! È apenas uma amiga da Sophia. –disse seco.
“apenas amiga da Sophia”? E aquela história de sermos “amigos”? E aquele joguinho que estava fazendo comigo? Não era nada?

-Nah! Você está bem? –A soph falou sentando do meu lado.

-Desculpa amiga, mas eu não posso ficar para o jantar.

-O que aconteceu? –perguntou preocupada.

-Depois eu te conto.

O William ainda conversava com a Hanna, mas na sala de jantar então não me despedi deles apenas sair.

-tem certeza que está bem? Me parece pálida.

-Eu estou bem, não se preocupe.

Desci o elevador tentando controlar o choro, mas não pude evitar que as lágrimas descessem quando cheguei no hall de entrada. As lágrimas desciam como cachoeira e eu tentava me controlar, mas quando lembrava do beijo, do desdém dela e do desprezo dele elas desciam mais e o meu coração doía.

-Nah!

Limpei as lágrimas rápido, mas a minha pele clara denunciava o choro pela vermelhidão dos olhos e nariz.

-Tava chorando, porque saiu assim ?

-Não foi nada! –Disse e continuei caminhando.
Ele correu e parou na minha frente me fazendo o encarar.

-Foi a Hanna? Ela não tem nada comigo é apenas uma ex namorada.

-eu não estou lhe pedindo satisfações. –Disse grossa.

-Mas eu quero que saiba que aquele beijo não representou nada.

-Já disse que não precisa se justificar eu não tenho nada como você , sou apenas amiga da Sophia.

-Desculpa! Eu não quis dizer aquilo.

-Mas disse. –Falei e uma lágrima desceu dos meus olhos. Como eu me odiava por ser tão frágil, tão sensível eu não sabia esconder os meus sentimentos.

-Ei! –Falou levando meu queixo me fazendo olhar para ele. –Você é importante para mim, não é apenas amiga da Soph você sabe que eu queria mais que isso.

-Você sabe o que eu penso disso. –Disse desviando o olhar. –Não precisa se preocupar  apenas estou de TPM e levei pro pessoal, esquece tá? –Disse forçando um sorriso.

Ele poderia me dizer que me amava naquele momento que eu não acreditaria. Justamente eu a mais forte, a mais certa, a que sempre faz as coisas pensadas, logo eu estava apaixonada por um cafajeste que  não merecia uma lágrima sequer que descia dos meus olhos.


Por que Deus permite essas coisas acontecerem? Tantos homens no mundo o meu coração foi escolher justamente o errado para se apaixonar.

***

-Bom tarde! –A voz rouca dele fez todos os pelos do meu corpo arrepiarem quando falou no meu ouvido.

-Boa tarde!

-Não vai perguntar o que eu faço aqui?

-Não. Pelo que sei ainda é o dono dessa empresa.

-Nossa! Quanta gentileza .

-Desculpa, você ainda é meu chefe e merece meu respeito.

-Já que não perguntou eu digo, eu vim te levar para jantar.

-Como assim?

-Vamos jantar juntos essa noite já liguei para o seu pai e ele permitiu.

-Eu não sou uma criança que você precisa pedir permissão ao pai para ir brincar na pracinha, se queria ir jantar comigo falasse a mim.

-Como é teimosa! Meu Deus!

-Eu não vou a lugar nenhum com você.

-Sabe que poderia te demitir não é?

-Faça isso se quiser eu não me importo, a única coisa que me prende aqui é a sua irmã.

-Vamos comigo, por favor. –Disse fazendo cara de cachorro abandonado.

-Não posso eu vou ao cinema com o Gabriel.

Acabei inventado isso na hora, pedi perdão a Deus por ter mentido, mas não iria jantar com ele.

-Então já não são mais amigos? –Disse de uma forma diferente e pela primeira vez percebi ciúmes em seu olhar.

-De que te importa saber isso?

-Eu já lhe disse que me importo com você. –Falou me segurando me prensando a parede.

-Me solta! –Disse firme.

-Eu não sei o que esse Gabriel representa para você, mas eu sei o que você representa para mim.

-Eu não vou cair na sua lábia. –Disse rindo, mas por nervoso do que por acreditar no que estava dizendo para ele.

-Não estou usando lábia com você estou sendo sincero será que não dá para notar?
Seu corpo ainda estava colado ao meu e as nossas respirações ofegantes começaram a ficar pesadas e eu lutava dentro de mim com o desejo louco de beijá-lo.

-Eu não acredito em você.

-Não é isso que seu olhos dizem.

Sua mão esquerda enroscava-se ao meu cabelo e logo começou a beijar meu pescoço. Meu corpo estava tomado por reações e sentimentos que eu desconhecia,meu coração parecia querer sair e a minha mente lutava contra o meu corpo querendo resistir a ele.

-Não faz isso. –Disse

Ele não me respondia, apenas continuava a beijar o meu pescoço fazendo o meu corpo se arrepiar.  

Lembrei-me de prometer a Deus resistir a minha vontade, e fazer a sua e foi isso que me deu força para afastá-lo.

-Não está certo isso, eu sou cristã eu não devo, não posso e não quero fazer isso. –Disse com as mãos apoiadas em seu peito.

-Não quer? –Disse irônico.

-Não quero ser apenas um passatempo seu, mas uma na sua lista.

-Tudo bem, eu acho outro por ai. –Disse saindo.

Idiota! imbecil! ridículo! Babaca! Quem ele pensava que era? Estava me testando? Se cedesse provavelmente seria mais uma de sua lista, um passatempo que ele estava procurando para aquela noite.

Fui para casa e fui direto para o meu quarto deitei na cama e comecei a chorar como me odiava por ser tão boba, tão frágil, por me apaixonar por um homem sem caráter.
Fui para o banho queria tirar ele de mim, seu cheiro estava no meu corpo e ainda podia sentir sua boca quente e carnuda beijado o meu pescoço. Que idiota que sou como pude acreditar em mudança? Como acreditei que comigo ele fosse ser diferente?.

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