Oiiiie minha gente! tudo bem com vocês? Espero que sim, eu estou bem e com novidades esse é o primeiro capítulo da nossa nova história que com certeza vai apaixonar vocês e ensinar também. Espero que gostem, pois escrevo com muito amor para vocês.
***
Por Natália.
Aquele jovem tão bonito sentado na esquina como os amigos
bebendo e usando droga mesmo sem saber mexia comigo olhava para ele e mesmo sem
entender sentia muito mais do que devia sentir por alguém que não servia a Deus
e levava “a vida errada” como diria meus pais.Passava por ele e tentava ao máximo esconder meu coração
o que nem precisava, pois ele nunca saberia que ele estava batendo como uma
bateria de escola de samba entrando na Sapucaí.
Sou a filha mais nova do seu Paulo e dona Sueli entre os
três filhos Levi, Raquel e eu Natália. Meu pai é pastor e minha mãe uma
aplicada esposa de pastor e nós somos os filhos “perfeitos” do pastor. Eu
sempre levei isso a sério me comportava e agia da melhor forma possível para
não envergonhar meus pais, pois o que diria um membro da igreja do meu pai
vendo a própria filha dele fazendo coisas ruins por ai? Não ficaria bem para o
meu pai e assim eu vivi até os 15 anos, quando de fato eu entendi que não podia
viver a minha vida para agradar os meus pais, mas para agradar a Deus.
Meus irmãos são bem diferentes de mim a Raka
(Raquel) e o Levi são bem extrovertidos
e carismáticos tem amizade com igreja inteira, são extremamente competente no que fazem louvam e tocam, a
Raka toca violão e canta e o Levi toca bateria, guitarra, violão... e muitos
outros instrumentos. Eu sempre fui mais reservada e tímida talvez ter que levar
nas costar a responsabilidade de ser filha de pastor me fez retrair um pouco.
Aos 20 anos estava cursando o quarto período de nutrição
e dividia meu tempo entre a faculdade e a igreja, pois dançava e louvava no
coral tudo que eu conseguia fazer com a vergonha e timidez que tinha.
Amigos nunca tive muitos, mas o que tenho sem dúvidas são
os melhores, a Maísa, a Lara, o Gabriel e o Andy sempre estiveram presentes na
minha vida e sou o que sou também por causa deles.
***
Voltei para casa depois da aula e resolvi ir direto para
o ensaio da dança, pois eu não teria coragem para voltar se fosse para casa.
-Nah você vem para o ensaio?
-estou chegando “tô” no ônibus ainda, você vai?
-Claro que sim, mas liguei para te contar quem apareceu
lá em casa hoje?
-Quem?
-O Victor!
-Victor ? O que ele foi fazer na sua casa Mai?
-Pedir para voltar disse que estava arrependido e blá blá
blá...
-E o que você disse?
-Que não, que Deus era minha prioridade e que se ele não
aceitava isso que eu não queria.
-E?
-E ele foi embora “Né”? Ele não quer conta com Deus muito
mesmo com igreja.
A Maísa minha melhor amiga desde que nossas mães se
conheceram num encontro de mulheres quando tínhamos 4 anos e desde então nos
tornamos inseparáveis, ela andou errado por algum tempo, mas voltou depressa
quando percebeu o abismo em que estava entrando.
-E o Gabriel?
-Que tem ele?
-Como estão vocês?
-Eu estou bem ele não sei, não íamos dar certo e eu sei
que ele é lindo, inteligente, filho de pastor, cristão e tudo mais, mas eu não
consigo vê-lo como nada a mais que um amigo.
Desci no ponto de ônibus próximo a igreja fui andando e a
rua estava deserta com exceção um grupo de garotos na esquina da rua. Fui
andando e orando, pois sabia que alguns deles já tinham assediado algumas
meninas da igreja. Segurei a bolsa e caminhei de cabeça baixa até que um deles
veio na minha direção e segurou meu braço.
-Para onde vai “crentinha” assim tão apressada?
Paralisei e não
sabia o que dizer o que falar e como agir com aquele “bando” de homens formando
um circulo ao redor de mim.
-Responde filhinha do pastor? Cadê o papai agora? –Outro
segurou o meu outro braço com força.
-Eu vou para igreja e me soltem por favor! –Falei com
lágrimas nos olhos.
-E a filhinha do pastor vai chorar! –Falou o que primeiro
tinha me segurado fazendo todos os outros gargalharem de mim.
-Larguem ela! Vamos, soltem ela! –Uma voz forte firme e grave
falou vinda atrás de mim.
Os dois me soltaram e olhei para trás para ver quem era,
era ele mais bonito alto e moreno do que sempre, meu coração acelerou ainda
mais e minhas penas não mais me obedeciam.
-Vai embora gatinha, desculpa ai o que esses loucos
fizeram.
Assenti com a cabeça e corri em direção a igreja que não
ficava muito longe, não contei a ninguém o que aconteceu mesmo tendo hematomas
vermelhos nos dois braços.
Voltei para casa e as cenas do que tinha acontecido mais
cedo vinham como fleches na minha memória, mas nada era mais claro do que ele
me mandando ir embora.
A semana correu como de costume e no sábado seguinte eu
estava sentada no ponto de ônibus da igreja com a Raka esperando o ônibus para
ir à casa da tia da Maísa quando avistei de longe aquele jovem que havia me
salvado daqueles brutamontes.
Segurei a respiração e tentei manter a calma e orei
pedindo a Deus que ele não me visse e não falasse nada na frente da Raka.
Ele já estava passando direto quando olhou para o lado e
me viu, olhou tão profundamente nos meus olhos que me constrangeu, abaixei os
olhos e pensei que ele já tinha ido, mas levantei os olhos e me deparei com
aquele par de olhos castanhos claros fixados em mim.
-Foi você que os meninos estavam perturbando não foi?
-Foi! –Falei com a voz tremula.
-Sabia que era você reconheceria seus olhos em qual quer
lugar do mundo.
As pessoas sempre me diziam isso já que meus olhos tinham
uma cor indecifrável verde-azul ou azul-verde nunca soube bem explicar, mas
sempre me fez ser interrogada pelas pessoas em qualquer lugar que estivesse.
-Obrigada por ter me ajudado eu realmente não sabia o que
fazer, foi muito legal da sua parte ter me defendido mesmo sem me conhecer.
-E quem disse que eu não conheço?
Lancei um olhar de interrogação, pois não fazia ideia de
onde ele me conhecia.
-Você não é a filha do pastor Paulo e irmã do Levi?
-Sou sim! –Respondi surpresa
-Estudo com seu irmão na faculdade ele me mostrou uma
foto sua uma vez e digamos que
seus olhos verdes-azuis não são tão fáceis de
esquecer.
-Obrigada! –Falei rindo envergonhada.
Nesse momento eu já deveria estar quase um tomate, pois
elogios me deixavam sem jeito e faziam eu ruborizar na mesma hora.
Ele sorriu e um frio percorreu minha coluna enquanto
borboletas dançavam no meu estômago.
-Você fica linda envergonhada! –Ele soltou antes de eu me
recuperar dos primeiros elogios.
Eu sorrir de volta porque era incapaz de responder.
-Nah! O ônibus! – A Raka falou me puxando pelo braço.
-Tchau!
-Seu nome? – Ele perguntou.
-Natália!
-William! -Ele
disse com o sorriso nos lábios, e, diga-se de passagem, que sorriso!
A Raka me puxou de novo e entramos no ônibus e eu percebi
que ele me acompanhava com os olhos.
-O que você acha que está fazendo Natália? Você perdeu o
juízo ou o quê?
-Que foi que eu fiz?
-Ele não é cristão, ele é um filhinho de papai drogado
que vai pra faculdade para não perder a mesada do papai. O que você acha de
ficar se engraçando com gente desse tipo?
-Gente desse tipo como? Ser humano? Por favor, Raquel não
julgue as pessoas pela aparência, foi ele que me salvou de um bando de
brutamontes filhinhos de papai e drogados como ele que me encurralaram outro
dia quando estava indo para igreja.
-E porque você não disse nada a ninguém? –Me encarava
séria.
-Justamente por isso, porque a filhinha do pastor tem que
ser irrepreensível iam pensar que eu tinha alguma coisa com ele. –Falei virando
o rosto para janela.
-E não tem? –Ela me virou pegando no meu ombro.
-Claro que não! eu nem sabia o nome dele. –Falei grossa.
-Mas vai dizer que não acha ele um gato? –Falou com o
sorriso bobo.
-Eu acho ele bonito sim, com qual quer outra mulher
acharia e isso não tem nada de mais.
–Disse voltando a atenção a janela.
Não pode existir no mundo alguém que não o ache bonito
porque não era uma beleza normal ele era exótico, sua pele bronzeada, seus
cabelos não tão lisos,mas nem tão crespos num corte casual lhe deixava com ar
de galã de cinema combinados aquele par de olhos castanhos claros que parecia
me decifrar junto ao sorriso maravilhoso que ascendia covinhas dos dois lados e olhar conquistador
com sobrancelhas arqueadas. Era impossível alguma mulher não o achar no mínimo
lindo.
-Espero que seja só isso!
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