-Boa noite minha linda! –Falou me dando um
beijo na testa.
-Boa noite meu amor! –Dei um selinho -Parece cansado como foi o plantão?
-Exaustivo.
-Você quer me dizer alguma coisa? Estou te
achando tão estranho esses dias.
-É só cansaço mesmo Nathy. –falou se jogando
no sofá da minha sala.
-E seus pais desistiram de vir para o Brasil?
-Quem dera! –falou inexpressivo os pais dele
deveriam ser pessoas péssimas. -Eles vêm em um mês, adiaram a viajem mais não
desistiram de vim.
-Você precisa me contar por que quer tanto
repelir seus pais, você é um homem maravilhoso, chato, mas maravilhoso. –Falei
brincando e ele esboçou um meio sorriso.
-Não acho que seja imprescindível você saber
disso.
-Sem mentiras, sem esconder nada foi o que a
gente disse um para o outro, então eu quero a verdade.
-Eles não acham que eu deveria namorar uma
mulher que já tem uma filha. –Falou sério e meu semblante simplesmente caiu, eu
sempre tive receio disso. –Eu sei que isso é ridículo, mas eles são
tradicionais e hipócritas.
-Não fale assim dos seus pais Peter. –falei o
repreendendo. –Eles têm razão.
-Nunca mais fale isso Nathalie. –Falou
segurando meu rosto entre as mãos. –Eu amo você e a Mel não é só sua filha é
nossa filha, queira eles ou não. –Me beijou.
Três meses depois
-Bom dia dr. –Falei ao entrar no consultório
dele que ainda estava vazio.
-Bom dia! –falou se levantando me apertando
num abraço. –Está lembrada que vai na minha igreja hoje não é?
-Estou sim, a Mel não me deixa esquecer.
–Falei sorrindo.
-Olha o que comprei para ela. –Falou me
soltando e indo até a mochila em cima da mesa tirando de lá uma caixinha.
-O que é?
-Olha! –falou colocando a caixinha na minha
mão.
-Que lindo Peter! -Falei ao ver uma correntinha da Minie que era o desenho predileto dela.
–Ela vai amar! –disse o encarando
encontrando um par de olhos castanhos num misto de alegria e apreensão.
-O que foi? Porque está me olhando assim?
-Eu comprei um presente para você também!
–Falou sorrindo.
-Deixa eu ver então. –falei.
-primeiro fecha os olhos e estende a mão.
–Falou rindo.
-O que está aprontando Peter?
-Faz isso logo amor! –Amor era primeira fez em três meses que ele me chamava assim eu
nunca cobrei isso apesar de sempre chamá-lo dessa forma.
-Espera!
-O que foi?
-Você me chamou de amor. –Falei rindo.
-Ai meu Deus! Não acredito que fiz isso!
–falou mais sabia que estava brincando.
-Tem algum problema? –perguntei.
-Claro que não MEU AMOR. –falou enfantizando
o amor me fazendo rir. –minha vida, minha rainha, eu te amo Nathalie.
-A primeira vez que me diz isso também.
–Falei
-Nunca disse mais sempre senti isso, eu te
amo, te amo, te amo e te amo! –falou me dando um selinho.
-Eu te amo mais.
-Primeira vez também que me diz isso.
-estava esperando você falar primeiro. –disse
irônica
-Meu amor, que tanto amo fecha os olhos e
estica a mão. –Falou e eu fiz o que ele pediu e eu senti que ele colocava uma
caixinha na minha mão.
-Agora pode abrir.
-Que lindas! –Falei pegando a caixinha com um
par de alianças de prata e a menor com um brilhante de coração no meio.
-Sei que já estamos namorando a quase quatro
meses, mas quero que todos os homens que chegam perto de você saibam disso.
–Falou pegando a aliança e colocando no meu dedo.
-Que namorado ciumento é esse? –disse
colocando a aliança no dedo dele. –Eu deveria ser a namorada ciumenta
possessiva aqui. –Falei brincando.
-Mas você é.
-Peter! Eu sou ciumenta? –perguntei.
-Claro que sim Nathy! Quem foi que quase
arrancou os olhos daquela garçonete do restaurante que jantamos anteontem? E aquela irmã lá igreja que estava
conversando comigo e você saiu me puxando.? –falou jogando na minha cara que
sim, eu era ciumenta.
-Aquela garçonete estava quase puxando a
cadeira e sentando do seu lado e a forma que ela te olhava? E aquela irmã
deveria se compreender ela estava se jogando pra cima de você. –falei séria.
-Tudo bem amor! –falou me beijando. –Eu te
amo assim mesmo.
-Dr. Tem um paciente te esperando. –A
assistente dele entrou na sala falando. –me desculpa não sabia que a doutora
estava aqui.
-Não tem problemas já estou de saída. –falei
dando um selinho dele. –Você está mais bonita hoje Helena. –Falei para ela
enquanto saía da sala aos olhares atentos do Peter.
***
-Nathy!
-Oi Mi! –respondi a mensagem da minha amiga.
-Tenho algo para te contar, mas não sei se
vai gostar.
-fala logo! O que foi?
-Meus tios ligaram ontem para mamãe e
disseram que estão no Brasil e você não acredita.
-Fala logo Milena!
-O John já está aqui a quase um ano.
Como assim? Depois de dez anos? E porque ele
não tinha me procurado? E se ele soubesse da Mel? E Se ele quisesse ver minha
filha? E pior se ele quisesse tirar ela de mim? E o Peter? Ele não iria gostar
de ouvir isso.
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