quarta-feira, 22 de março de 2017

Coração tatuado - Capítulo sete


-Boa noite minha linda! –Falou me dando um beijo na testa.

-Boa noite meu amor! –Dei um selinho  -Parece cansado como foi o plantão?

-Exaustivo.

-Você quer me dizer alguma coisa? Estou te achando tão estranho esses dias.

-É só cansaço mesmo Nathy. –falou se jogando no sofá da minha sala.

-E seus pais desistiram de vir para o Brasil?

-Quem dera! –falou inexpressivo os pais dele deveriam ser pessoas péssimas. -Eles vêm em um mês, adiaram a viajem mais não desistiram de vim.

-Você precisa me contar por que quer tanto repelir seus pais, você é um homem maravilhoso, chato, mas maravilhoso. –Falei brincando e ele esboçou um meio sorriso.

-Não acho que seja imprescindível você saber disso.

-Sem mentiras, sem esconder nada foi o que a gente disse um para o outro, então eu quero a verdade.

-Eles não acham que eu deveria namorar uma mulher que já tem uma filha. –Falou sério e meu semblante simplesmente caiu, eu sempre tive receio disso. –Eu sei que isso é ridículo, mas eles são tradicionais e hipócritas.

-Não fale assim dos seus pais Peter. –falei o repreendendo. –Eles têm razão.

-Nunca mais fale isso Nathalie. –Falou segurando meu rosto entre as mãos. –Eu amo você e a Mel não é só sua filha é nossa filha, queira eles ou não. –Me beijou.

Três meses depois 

-Bom dia dr. –Falei ao entrar no consultório dele que ainda estava vazio.

-Bom dia! –falou se levantando me apertando num abraço. –Está lembrada que vai na minha igreja hoje não é?

-Estou sim, a Mel não me deixa esquecer. –Falei sorrindo.

-Olha o que comprei para ela. –Falou me soltando e indo até a mochila em cima da mesa tirando de lá uma caixinha.

-O que é?

-Olha! –falou colocando a caixinha na minha mão.

-Que lindo Peter!  -Falei ao ver uma correntinha  da Minie que era o desenho predileto dela. –Ela vai amar! –disse o encarando  encontrando um par de olhos castanhos num misto de alegria e apreensão.


-O que foi? Porque está me olhando assim?

-Eu comprei um presente para você também! –Falou sorrindo.

-Deixa eu ver então. –falei.

-primeiro fecha os olhos e estende a mão. –Falou rindo.

-O que está aprontando Peter?

-Faz isso logo amor! –Amor era primeira fez em três meses que ele me chamava assim eu nunca cobrei isso apesar de sempre chamá-lo dessa forma.

-Espera!

-O que foi?

-Você me chamou de amor. –Falei rindo.

-Ai meu Deus! Não acredito que fiz isso! –falou mais sabia que estava brincando.

-Tem algum problema? –perguntei.

-Claro que não MEU AMOR. –falou enfantizando o amor me fazendo rir. –minha vida, minha rainha, eu te amo Nathalie.

-A primeira vez que me diz isso também. –Falei

-Nunca disse mais sempre senti isso, eu te amo, te amo, te amo e te amo! –falou me dando um selinho.

-Eu te amo mais.

-Primeira vez também que me diz isso.

-estava esperando você falar primeiro. –disse irônica

-Meu amor, que tanto amo fecha os olhos e estica a mão. –Falou e eu fiz o que ele pediu e eu senti que ele colocava uma caixinha na minha mão.

-Agora pode abrir.

-Que lindas! –Falei pegando a caixinha com um par de alianças de prata e a menor com um brilhante de coração no meio.

-Sei que já estamos namorando a quase quatro meses, mas quero que todos os homens que chegam perto de você saibam disso. –Falou pegando a aliança e colocando no meu dedo.

-Que namorado ciumento é esse? –disse colocando a aliança no dedo dele. –Eu deveria ser a namorada ciumenta possessiva aqui. –Falei brincando.

-Mas você é.

-Peter! Eu sou ciumenta? –perguntei.

-Claro que sim Nathy! Quem foi que quase arrancou os olhos daquela garçonete do restaurante que jantamos anteontem?  E aquela irmã lá igreja que estava conversando comigo e você saiu me puxando.? –falou jogando na minha cara que sim, eu era ciumenta.

-Aquela garçonete estava quase puxando a cadeira e sentando do seu lado e a forma que ela te olhava? E aquela irmã deveria se compreender ela estava se jogando pra cima de você. –falei séria.

-Tudo bem amor! –falou me beijando. –Eu te amo assim mesmo.

-Dr. Tem um paciente te esperando. –A assistente dele entrou na sala falando. –me desculpa não sabia que a doutora estava aqui.

-Não tem problemas já estou de saída. –falei dando um selinho dele. –Você está mais bonita hoje Helena. –Falei para ela enquanto saía da sala aos olhares atentos do Peter.

***

-Nathy!

-Oi Mi! –respondi a mensagem da minha amiga.

-Tenho algo para te contar, mas não sei se vai gostar.

-fala logo! O que foi?

-Meus tios ligaram ontem para mamãe e disseram que estão no Brasil e você não acredita.

-Fala logo Milena!

-O John já está aqui a quase um ano.


Como assim? Depois de dez anos? E porque ele não tinha me procurado? E se ele soubesse da Mel? E Se ele quisesse ver minha filha? E pior se ele quisesse tirar ela de mim? E o Peter? Ele não iria gostar de ouvir isso.

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