domingo, 15 de janeiro de 2017

Descobri o amor - Capítulo doze


No último dia da viagem já tínhamos nos acertado, sempre que brigávamos eu cedia e deixava pra lá no final ficava tudo bem. O Fred se desculpou com o Hugo e eles até conversaram algumas vezes.

-Calma mamãe, já vamos comer! –A Taci falava acariciando a barriga enquanto a Kate chutava ela estava no último mês de gestação. –Vamos Eliza minha filha está morrendo de fome.

-Estou pronta. –falei pegando a bolsa em cima da cama.

Nós marcamos para ir num restaurante próximo a casa que estávamos o Fred estava lindo vestindo uma camisa gola polo vermelha, calça jeans e tênis branco. Na verdade todos capricharam no look, eu estava de vestido branco de renda na altura dos joelhos e sapatilha preta, cabelo solto e tinha até arriscado uma maquiagem simples.

O Hugo também estava lindo, na verdade meu melhor amigo era o mais bonito de todos ali seu corpo definido, seu rosto perfeitamente desenhado e aquela barba feita que lhe dava um charme só não era mais bonita do que seus cabelos loiros perfeitamente alinhados, ele vestia calça branca, uma camisa branca e uma jaqueta jeans por cima ele se vestia muito bem e na verdade eu não sabia dizer o que ele não fazia bem.

Estávamos conversando na praia depois de jantarmos o Fred foi comprar refrigerante e o pessoal tinha voltado para casa,  quando um rapaz se aproximou e começou a conversar comigo. Eu não me importei porque na verdade muita gente me parava para elogia meu cabelo para dizer que nunca tinha visto uma ruiva e coisas assim, o rapaz era um fotografo e dizia que eu me encaixa no perfil de uma marca de roupas que procurava uma ruiva como eu.

-Imagina, eu não levo jeito para modelo não, eu sou professora. –expliquei.

-Não tem problemas, nós te daremos umas dicas. –disse rindo.

Ele era um rapaz uns 7 anos mais velho que eu , mas muito bonito negro de cabelos cacheados, sorriso largo e olhos verdes que meu Deus! Quase pareava como os olhos azuis do Fred.

-Obrigada Elias, mas acho que não é uma boa ideia.

-toma meu cartão! –disse me entregando um cartão da sua agência. –se mudar de ideia me ligue. O rapaz saiu caminhando enquanto o Fred veio caminhando na minha direção.

-Vamos Eliza! – falou me puxando pelo braço.

-me solta Fred você está me machucando! –disse assustada.

- Eu não sou idiota Eliza porque estava dando frete para aquele cara.

-Me solta! –ordenei e ele me soltou. –Eu não sou qualquer uma não Frederico, me respeite!

-Te respeitar? Você não me respeita! –disse irônico.

Um nó se formava em minha garganta e eu não reconhecia aquele Fred parado em minha frente. Dei as costas e caminhei apressada para casa.

-Eliza! –gritou, mas eu continuei caminhando.

-Desculpa! –falou segurando meus braços me virando para ele.

-Você bebeu Fred? Quando foi que você começou a beber? –perguntei com um aperto enorme no peito ao sentir o cheiro de álcool no seu hálito.

-Foi só dois copos de vodca ou três , mas  não importa!

-não importa? Que eu saiba namorava um homem cristão e não um beberão. –disse gritando.

-Foi um deslize! –disse segurando meus braços.

-Me solta! Não toca em mim! –disse me afastando dele.

-me desculpa amor! –disse me segurando novamente.

-Já mandei me soltar Frederico! Me larga! –disse alto na tentativa que alguém me ouvisse.

-Quem era aquele cara na praia Eliza.

-não importa! É melhor você ir para casa depois conversamos.

-me responde Eliza! –disse segurando meu maxilar com força.

-Era um fotografo só estava elogiando meu cabelo. –disse séria.

-Eu não quero você conversando com ninguém tá me ouvindo? –falou segurando ainda mais forte o meu rosto.

-Eu não sou sua propriedade! –falei. –me solta! –gritei.

-Para de gritar! Tá querendo chamar atenção de quem? Do seu anjinho? –perguntou irônico.
Eu não conseguia reconhecer o homem pelo qual era apaixonada, que me cuidava e protegia.

-Não fala do Hugo! –disse séria e voltei a caminhar para casa até senti ele me virando.

-Você ao percebe que ele quer separar a gente. –disse me encarando e aquele par de olhos azuis tinha perdido o brilho que tanto era apaixonada.

-Fred! O Hugo é meu amigo e não existe motivos para ter ciúmes dele, quem está querendo separar a gente é você . –disse o encarando. –olha só sua atitude.

-Eu sou um homem apaixonado. –disse alto. –Eu te amo Eliza eu não posso te perder.

-Eu também te amo Fred, mas até quando você acha que eu consigo passar a mão pela sua cabeça? –perguntei com lágrima nos olhos.

-Eu não consigo suportar a ideia de viver sem você . –disse segurando minha cintura.
Para mim não fazia sentido algum o que ele dizia era como se ele estivesse escondendo algo de mim.

-Me solta Fred! –falei séria. –Eu vou para casa depois conversamos. –falei virando voltando a caminhar.

-Não vira as costas para mim. –Falou me segurando forte e me sacudindo pelos braços. –Eu não vou deixar você ficar com mais ninguém, eu não posso viver sem você.

Meu corpo paralisou e a minha voz ficou presa na garganta. Senti as lágrimas quentes rolarem em meu rosto e fiquei sem ação pelo que tinha acontecido. Fiquei parada o 
encarando incrédula até ver o Hugo correndo em nossa direção.

-Você enlouqueceu Frederico? –disse e logo deu um soco no rosto do Fred.

-Ela estava me traído! –dizia com tanta certeza que se não fosse eu a “traidora” eu realmente acreditaria nele.

-Ela nunca faria isso! –Hugo falou segurando ele pelo colarinho da camisa.

-Ela não presta! É uma traidora, uma mentirsa...-falava palavrões e coisas horríveis sobre mim. –E você também não presta! Pensa que eu não vejo seus olhares para ela, você não vão ficar juntos.

O Fred ficou caído no chão depois socos que o Hugo deu eu nunca tinha visto meu amigo brigar daquela forma, na verdade o Hugo nunca tinha brigado com ninguém pelo menos não na minha frente.

-Anjo, por favor! –disse pela milésima vez tentando tirá-lo de cima do Fred antes que o matasse.

-Você está bem? –perguntou

Não conseguia dizer nada apenas o abracei e me senti protegida como sempre sentia dentro daquele abraço.


-Quantas vezes eu te avisei que ele não prestava? Quantos conselhos? pra isso? –falou olhando meus braços eu já estavam bem vermelhos. –Porque não me ouviu? –perguntou deixando algumas lágrimas caírem.

Eu não sabia o que dizer nada podia justificar a atitude do Fred e nada poderia justificar eu não ter ouvido o meu melhor amigo. 

-desculpa! –disse fraco. Sentia como se toda força do meu corpo tivesse ido embora.

-Amora! –disse beijando minha testa – não precisa pedir desculpa eu não deveria ter dito isso. –falou se desculpando.

Voltamos para casa em silêncio, o Hugo falou o que tinha acontecido e o Victor foi até onde o Frederico estava para o ajudar. Eu não queria ficar nem mais um minuto ali e pedi para meu amigo me levar para casa.Arrumei minhas coisas junto com minhas amigas que voltaria para casa no dia seguinte e o Rodrigo me ajudou a colocar a mala  no carro.

-tem certeza que não prefere ficar até de manhã? Viajar a noite é muito perigoso. –A Taci perguntou preocupada.

-não, eu não consigo mais ficar aqui. –disse.

-então boa viajem, cuide bem dela em Hugo? –Diego falou beijando minha testa.


Pegamos a estrada mais a Manu e o Silas.

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